Curso TPS 2009 SIC

Curso de Técnicas de Protecção e Segurança 2009

14/10/2007

Lutar contra o subconsciente

Sabemos todos que o nosso corpo, cerebro inclusivé, tem comportamentos que não controlamos, que desconhecemos, e dos quais nem nos apercebemos se não pensar-mos neles.

Para além de inúmeros comportamentos sub-conscientes realtivos ao combate, que a psicologia explica, e que abordaremos neste Blog, conforme o tempo fôr passando, falamos hoje de um comportamento natural e subconsciente, que tem de ver com mecanismos nossos de defesa, ou agressividade, e que se prende com uma caracteristica do ser humano, á qual não nos podemos furtar.

A necessidade de olhar!

Não o olhar "lato sensu", mas para onde e quando olhar.

Não vou ser exaustivo, a ideia deste Post, é simplesmente focar um ponto que frequentemente é esquecido, o olhar "mórbido".

Esta ideia foi recentemente abordada por um Sniper dos NAVY SEAL Norte-Americanos, durante um programa sobre a sua missão. Este operacional afirmava, que depois de efectuar o disparo, existe muitas vezes a vontade do atirador verificar "os estragos" provocados no alvo, e atenção que aqui a ideia não é confirmar a neutralização da ameaça, essa verificação, ou melhor a verificação feita por esse motivo é lícita, e deve ser feita, se possivel.

Tal facto, deriva de um instinto humano básico, reparem que: a visão é o sentido do qual mais utilidade extraimos, e o que nos transmite maior informação, e o ser humano, tem de facto, uma atracção mórbida de voyeur, na maioria dos casos, não vale a pena discutir, é a condição humana. Assim, um facto aliado a outro descamba no olhar "mórbido".

Tudo isto para dizer que: este fenómeno deve ser combatido, por várias ordens de razões, desde logo, porque essa "confirmação" dos estragos produzidos nos alvos, vai consumir tempo (essencial) no combate, e vai ocupar a nossa maior fonte de informação (ainda que muito reduzida nas suas capacidades) a visão, ao desvia-la da aquisição de ameaças, para uma tarefa inútil.

Não nos podemos esquecer que nesta altura já foi efectuado um disparo, ou mais, e tanto nós como as nossas "ameaças", estão, ou deveriam estar, activamente a procurar o próximo alvo a neutralizar.

Posto isto parece óbvia a necessidade de não cair neste ardil.
Já para não falar de efeitos psicológicos que a observação desses "danos" no alvo, poderão trazer, muitas vezes a curto prazo ao operador, e que se não forem devidamente acompanhados, poderão originar questões patológicas.

No futuro falaremos um pouco mais destas matérias da vertente psicológica.

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